Diferença

Nada é diferente
Quando a indiferença
Faz as malas
Cheias de nada
Cheias de ausência
E por aquela porta
Passa e sai
Vai embora sem se despedir
Assim... indiferente e fria
Bate a porta

Tudo se faz diferente
Quando a presença
Chega serena
E à porta bate
Passa e adentra
Desfaz as malas
Cheias de amor presente
E nos braços o abraço
Chega e se achega
Vem pra ficar

Bate a porta
O coração bate
Dispara e corre
Pra ver quem é
Pois ninguém à espera
Na mesa vazia
A ceia. Será?!
Falta o apetite
Falta o alguém
Então ela vem
Chega serena
Chega surpresa
E me aconchega
Eu abro a porta
Ele entra e fica
O pão ainda quente
Comigo à mesa
Se senta e eu sinto
Essa doce presença
Ela entra e fica
Ela é plena
E ceia comigo
É assim ...
A doce presença

Júlio Diniz