quarta-feira, abril 19, 2006

O Rochedo e a Brisa





Do silêncio surdo
Do estúpido rochedo
Louco, cego e bruto
Absorto e gélido
Absurdo e distraído
Confuso... tétrico
Grácil brisa o chama
Vem suave e serena
Acender-lhe a chama
Na tarde de sol morena
Ela o toca
Ela toca e canta
Na beira da praia
Misteriosa sereia ...
O encanta
Ela é morena
Das esperas
Nas tardes de sol
Ela sopra e vem
Acender-lhe a chama
Choram sobre ele
As águas doces do mar
Ela ama... ela ama
Dissolve-lhe o sal
Devolve-lhe o sabor
O gosto do amor
Ela ama
Acende-se a chama
Ele cede, pois tem sede
Sequioso outrora
Dissolve-se em areias
Levadas pela brisa
Poeiras... poesias
Na beira do mar
Se deitam e se doam
Sobre a eira do amor

júlio diniz

Um comentário:

Cláudia Cardoso disse...

Delicado demais seu poema.
Lindas metáforas.
Adorei, Júlio.