A fé tem fome
Insaciável alma devora
O apetite que não se consome
Inda cansada e abatida
Anêmica
Esquálida
Ferida
Caminha no absurdo
Caminho obscuro sem chão
Sem o gosto nem cheiro do pão
Do pão que também tem fome
De saciar a fome d´alma
As lágrimas se dobram
Dobram-se os sinos
Os joelhos e a razão
Clama a semente de trigo
Na clausura da esperança
Chora feito criança
À espera de consolo e abrigo
Júlio Diniz
quarta-feira, abril 19, 2006
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