sábado, setembro 23, 2006

Do último andar

Eu vejo as luzes da cidade
E os olhos dos homens andam baços
Eu vejo luzes na cidade
Não vejo as estrelas do céu
Os carros cantam roucos
Já não ouço os grilos
Os prédios são precipícios
Em queda livre assisto os gritos
Que insistem no vazio
Escuto o silêncio das janelas
Faíscam torpor as telas de vidro
São magnéticas... são celas...

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