quarta-feira, abril 19, 2006

O Amor e o Coração

Na busca pergunta o amor
O coração então responde
Pois se constrange por si só
Se fogueteia e não mais se esconde
Não mais na garganta aquele nó

Nos lábios o sorriso
Na boca o gosto
Eu gosto mesmo
Do beijo de qualquer jeito
Do cheiro doce
Meio amargo
Feito chocolate
Do sabor divertido
Do cupuaçu oferecido
Pela moça morena
Já sinto os aromas
Das terras distantes
Adentro misteriosa floresta
O cheiro da chuva
Mistura de uva
E madura romã
Romã? Romã!
Amor ao contrário
É o milagre que faço
Com as palavras
Já que não posso
Da água ao vinho
Alquimia fazer


O meu corpo responde
Pois o amor se materializa
O tempo eterniza
Em repetidos orgasmos
A inspiração se encarna em versos
Já estou me despindo
Do passado ferido
Das dores e mágoas
As perguntas se calam
A leitura me salta aos olhos
A poesia me enviou uma carta
Já estou nu
Vem cobrir meu corpo
Com teu corpo no meu
Seu corpo meu
Estou sedento
De sede de sorver
Do teu licor
Gosto do gosto
Gosto do toque
O cheiro alimenta o apetite
Que me devora o olhar
Que tateia a luz do teu corpo
Te gosto
Gosto de amor
Te quero
Querência de amor

Júlio Diniz

3 comentários:

Michelle disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Michelle disse...

Adorei este Poena lindo e profuno você consegue tocar a alma de qualquer pessoa.
Você é mesmo uma pessoa maravilhosa.

Michelle disse...

Adorei este Poena lindo e profuno você consegue tocar a alma de qualquer pessoa.
Você é mesmo uma pessoa maravilhosa.