quarta-feira, abril 19, 2006

Teopoiesis



Quando deixei a meninice inda garoto
Deixei pra trás minhas fantasias
Perdeu-se a poesia
Pra brincar de ser homem
Ser gente grande
Nos trilhos da teologia caminhei
Ali nada encontrei
Era fato
A suspeita de que toda aquela pretensão
De estudar Deus não passava de uma criancice
Essa tal teologia não me ensinou como se coloca
Um planeta nas palmas das mãos
E nem a medir o universo com o polegar
Coisa que fazia inda menino
Subindo no muro pra fazer bolhas de sabão
Deixando-as ao sabor do vento
E no chão
A dança dos planetas de bolinha de gude

Não há mais por quês!! Pra que?!
Basta fechar os olhos
E ver


Júlio Diniz

3 comentários:

Anônimo disse...

Se todo mundo entendesse essa pretensão sutil e bela de ser criança eterna, onde os olhos infantis conseguem presenciar a imensidão que maturidade alguma pode oferecer...teriamos a chance de presenciar um mundo um tanto quanto mais terno.
Porque é naquele brilho da meninice que surge-se a eternidade... foi nessa beleza pequena e indefesa que desceu ao mundo o próprio Salvador do mundo.
Que nunca desapareçam os meninos nos homens, e as meninas nas mulheres!
Bjos...bjos...

Priscila disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Não existe descrição para caracterizar tal poder de saber lidar com as palavras:
Justas
Únicas
Livres
Indescritíveis
Onipresentes
Bjos e sucesso ;)