sexta-feira, janeiro 04, 2008

A Tela


Não tenhas medo de mim
Eu não existo
Sou nada ainda
Ainda!
Sou pálida, gélida, insossa.

Não tenhas medo de mim
Eu ainda insisto
Esqueça as dores e o gosto amargo
Escuta, antes, tua doce calma
Aqueça-me com a cor quente de tu’alma
Enleva-me com a voz suave de teu âmago
Ejacula em minha pele as cores
Dê à luz teus próprios olhos
E verás em mim
Reflexo insólito de teu ser

Anda
Não tenhas medo
Ainda é cedo pra desistir
Cede à sede de teu corpo
E bebe logo essa taça de desejo

Um comentário:

Michelle disse...

Esta é amis pura verdade sobre nós mesmos.
Beijos